Arquitetura do Comportamento

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Limites ao ativismo de marca: quando defender uma causa pode transformar consumidores em detratores. A reação à campanha da Gillette “The Best a Man Can Be”.

Em 2019, um comercial (1) da Gillette chamava os homens a tomarem atitudes para evitar bullying, sexismo e combater a masculinidade tóxica. O debate sobre as consequências da masculinidade toxica já acontecia há anos. O movimento Me Too Já existia desde 2017. Ou seja, de alguma maneira já se estava...

A utilidade da técnica de laddering em entrevistas qualitativas.

No centro da técnica de laddering está a teoria dos meios-fim, que sugere que os consumidores não escolhem produtos apenas por suas características – eles os escolhem por causa dos valores pessoais mais profundos que satisfazem. Os atributos funcionais (neste caso chamados de meios) são instrumentos para que os consumidores...

A bolsa de dez mil dólares produzida por máquinas; o sapato popular vendido a preço de luxo:  preço, marca e qualidade se reforçam e justificam mutuamente.

Marcas de luxo - desde bolsas até relógios, de sapatos a carros, passando por vinhos e destilados -   declaram usar as melhores matérias primas, ter mais cuidado na produção e entregar mais qualidade nos seus produtos. Entretanto, a qualidade objetiva, em atributos funcionais ou sensoriais, raras vezes justifica diferenciais de...

Porque discussões em grupo devem ser usadas com muito cuidado – o viés das influências sociais.

Já alertei para o risco de discussões em grupo serem influenciadas por fenômenos como o efeito manada e a ignorância pluralística (1), bem como outros mecanismos de influência social. Hoje quero discutir um estudo muito contundente, sobre como um indivíduo pode alterar radicalmente a opinião de um grupo. Este foi...

Informação, consciência, atitudes e crenças não mudam hábitos.

Quero começar o ano com um dos insights mais importantes da ciência comportamental, e que muitos profissionais de marketing e formuladores de políticas públicas parecem esquecer. Em vários textos mencionamos que informação, ou mesmo consciência sobre um problema, não mudam comportamentos. Sabemos disso na nossa vida. Saber que estamos afetando...

Usar o medo para convencer o consumidor a comprar é uma boa ideia?

As reações de defesa mais comuns são lutar, fugir ou congelar. Recentemente, tem sido acrescentada à lista a bajulação (em inglês a lista é fight-flight-freeze-fawn). O excesso de medo pode levar ao congelamento, à inação. Entretanto, a evocação de temores comuns pode levar à ação. Muitos mercados sabem disto e...

Como turbinar a educação sobre produtos e serviços, associando-a a benefícios mais elevados.

É importante destacar que apenas o acesso à informação não muda comportamento. A maioria das pessoas que fuma tem informação sobre os malefícios do fumo. O mesmo se aplica a quem está com sobrepeso ou leva uma vida sedentária. A informação sozinha dificilmente é potente o suficiente para interferir no...